A HORTA


Hoje fui à horta.
Desde pequenina que fui criada no meio das galinhas, patos, gansos, garnizos e pintaínhos.  Essa fauna já não povoa o nosso quintal, mas mantivemos uma hortinha pequenina.
Nessa altura, os meus pais achavam que era boa ideia ter este pedaço de campo em casa, para me ensinar, a mim e à minha irmã, de onde vinha a comida que nos aparecia no prato. Hoje agradeço-lhes por isso.


Vivendo na cidade, sinto muitas vezes saudades de ter um jardim em casa... Ao menos uma varanda, onde possa aproveitar o sol e ter algumas plantas, para dar um pouco mais de vida à casa, mas infelizmente, não tenho essa oportunidade. Talvez seja por isso que, sempre que vou a casa dos meus pais — a casa onde cresci —, tente aproveitar sempre o máximo de tempo possível no jardim, à sombra das árvores, e a apanhar a fruta lá de casa para trazer comigo (o meu pai é afoito a enfiar-me dúzias de limões no saco)...


Desta vez não passei a manhã no jardim, mas sim na horta.
É modesta, mas é nossa, e hoje decidi ir lá acima fotografá-la. Peguei na câmara, e lá fui eu, com gatos e cães atrás de mim.
Ainda não deu frutos, mas as folhinhas pequeninas já começam a espreitar cá para fora, verdes e vicoças. Espero que quando a época das colheitas chegar, eu esteja por cá para poder apanhar a horta "cheia". Por agora, estas fotografias vão mostrar mais tons de verde, do que vermelhos, laranjas e amarelos... mas descobri que há algo de apelativo, e quase que de inocente nestas imagens.
É como se ao olhar para estas plantinhas bébés sentisse uma ligação com elas, de tão frágeis e pequeninas que ainda são.
Por enquanto é tudo. Volto quando o Verão chegar.





 

 

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